Nesta semana o Banco do Brasil, Caixa Econômica e outras instituições financeiras começam a testar o Drex – nova moeda digital do país – que deve estar disponível para a população entre 2024 e 2025.
Considerada como um “parente” do Pix, o Drex é uma moeda CBDC (Central Bank Digital Currency em inglês), que significa, em tradução livre, moeda digital do banco central. Ou seja, no país, é regulamentada pelo Banco Central (BC).
Na semana passada, os bancos Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred já emitiram os primeiros tokens do real digital e os testes consistiram na simulação da conversão do saldo da reserva bancária de uma instituição financeira para a sua carteira do real digital.
Segundo o Banco do Brasil, a instituição instalou o nó validador que permite iniciar o projeto-piloto da moeda. Com isso, a partir de agora, será possível criar os tokens que vão permitir a simulação de transações com outros bancos e instituições para conferir se a viabilidade do uso da moeda digital.
Já a Caixa informou que participará dos testes por meio de um consórcio entre o banco estatal, a Microsoft e a Elo. No projeto-piloto, será testada a configuração de infraestrutura e conexão, emissão da nova moeda, token do real digital e emissão de títulos federais por meio desses tokens.
O funcionamento das transações em real digital será por meio de tokens. A ideia é que o Drex seja uma moeda utilizada em atacado, para transações de grande porte, dando mais segurança às operações e, também, no varejo. Será possível, por exemplo, comprar um imóvel utilizando o real digital, com pagamento instantâneo.
O Drex deve beneficiar, entre outras áreas, o mercado de investimentos, segundo a vice-presidente de negócios digitais e tecnologia do Banco do Brasil, Marisa Reghini. De acordo com a especialista, a nova tecnologia é uma possibilidade de melhorar os serviços bancários e ampliar o acesso à bancarização da população.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que tem participado das discussões sobre o real digital, a moeda vai funcionar como versão digital de cédulas e moedas emitidas em espécie, representando modernização nas transações financeiras.