Segundo nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicada na quinta-feira (6), a proposta da reforma tributária permitirá uma aceleração do crescimento econômico e aumento na geração de empregos.
De acordo com os dados apurados no estudo, se o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá cinco tributos diferente, tiver taxa padrão de 28%, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá, no acumulado até 2023, 2,39% a mais do que em um cenário sem reforma.
A pesquisa estima o efeito das mudanças nos níveis de preços de bens e serviços sobre o crescimento econômico e o emprego.
A reforma tributária em discussão na Câmara mexe, especialmente, nos tributos cobrados sobre o consumo, que acabam atingindo o nível dos preços finais de bens e serviços.
O centro da PEC que está para ser votada é criar o IVA, subdividido no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e na Contribuição social de Bens e Serviços (CBS).
Estimativas consideram apenas os efeitos das mudanças nos preços finais dos bens e serviços, em função dos setores da economia e de cada estado do país.
Estão de fora possíveis melhorias que a reforma tributária poderá trazer nos custos associados à complexidade tributária, ou seja, o impulso no crescimento econômico pode ser ainda mais elevado, se as mudanças trouxeram uma simplificação generalizada e resultarem em menos processos administrativos e judiciais.
O levantamento também prevê uma elevação na geração de empregos.
Em 2022, o total de ocupados, incluindo empregos formais e informais, terminou em 99,4 milhões de trabalhadores, como revelou estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até o ano de 2032, a tendência é que esse contingente cresça, no entanto, considerando os números do ano passado, a diferença de 1% equivale a cerca de 1 milhão de empregos.